Bastou a publicação da medida provisória, que reduz temporariamente a arrecadação dos sistemas Ss entrar em vigor, para se dar inicio as demissões em massa dos trabalhadores.
Esta ameaça de redução da arrecadação surgiu no encontro do ministro “posto Ipiranga” Paulo Guedes com os empresários, logo após o (des) governo ser eleito, que disse a seguinte frase “ temos que meter a faca no sistema Ss”. Diante da fala, os empresários, por obvio, logo reagiram dizendo que a fala do ministro era um absurdo, tendo em vista à prestação dos serviços a população nas áreas da formação e da assistência. Face às reações dos empresários e do poder que as confederações detêm no parlamento, não bastou alternativa ao ministro que o recuou, chegando a afirmar que foi mal interpretado em seu pronunciamento, algo que faz com maestria desde que assumiu o “posto”.
Em meio á crise de pandemia em que passa o mundo todo, eis que vem a baila a medida provisória que reduz a arrecadação compulsória dos empresários, que são destinadas aos sistemas Ss, sem que haja reação contundente dos mesmos, ficando somente com declarações à imprensa no muro das lamentações.
Ao longo das décadas, em que se debatem as arrecadações do sistema num todo, os sindicatos dos trabalhadores sempre afirmaram que estes recursos, eram oriundos de tributos públicos, a reação por sua vez era imediata das confederações patronais em afirmar que as arrecadações, não eram compulsórias, pois delas advinha da folha de pagamento das empresas. Certo senador do estado de Goiás chegou a denominar que seria uma grande caixa preta, algo que para os sindicatos dos trabalhadores não era nenhuma novidade.
Mas qual o impacto imediato que veio com a medida? Aquela que custa menos aos sistemas Ss, por suas insensibilidades e compromisso social, neste momento de crise em que vive o mundo, onde impera no Brasil a falta de politica governamental, gerando aumento das fileiras do desemprego, com as demissões em massa que estão ocorrendo, assim que a medida foi publicada.
O sindicato recebeu várias denúncias desde antes da publicação da medida provisória das demissões que se iniciariam e de fato começaram, sem que os PATRÕES se dessem ao trabalho de procurar a representação dos trabalhadores, a fim de se buscar alternativas para amenizar ou diminuir os impactos.
Ressaltamos que a medida é PROVISORIA, tem um prazo de validade de 90 dias, podendo ser prorrogada pelo mesmo período. Mas o Congresso votará à medida que reduz a caixa preta ou a deixara caducar pela pressão das confederações? E que estão se aproveitando do momento, para colocar os trabalhadores e suas famílias nas fileiras do desemprego que já atinge 12 milhões. Se bem conhecemos a imposição que exerce as confederações sobre o congresso, já sabemos o resultado.
Acreditamos que alternativas seriam possíveis, caso fosse neste momento do interesse das entidades, em se preservar os postos de trabalho, buscando inclusive a utilização de recursos oriundos da cobrança dos cursos, chamados de ponta, que estão certamente acumulando riquezas no caixa destas entidades, produzidos pelos trabalhadores, que estão hoje na depressão pessoal e do desemprego que assola o País, com a pandemia que vivemos, sem nem poder sair para entra nas fileiras da busca por emprego! Haja absurdo.
Diretoria Colegiada,
Senalba-Mg